domingo, 18 de março de 2012

só ele.

Só ele conheceu uma mulher corajosa que admitiu todos os medos, todas as neuroses, todas as inseguranças, toda a parte feia e real que todo mundo quer esconder com chapinhas, peitos falsos, bundas falsas, bebidas, poses, frases de efeito, saltos altos, maquiagem e risadas altas. Ninguém nunca me viu tão nua e transparente como ele. Só ele viu meu corpo de verdade, minha alma de verdade, meu prazer de verdade, minha ira que nem eu mesma conhecia e meu choro baixinho com medo de não ser bonita e inteligente, de não ser boa o suficiente. Só para ele eu me desmontei inteira porque eu sabia que ele me amaria mesmo eu sendo meio louca, desfigurada, intensa e verdadeira, como um quadro do Picasso... uma mulher com todos os defeitos e loucuras que só uma grande e verdadeira mulher tem.

sábado, 17 de março de 2012

doida ou santa?

A mulher livre, que não esconde que gosta muito de sexo, pode gerar insegurança e preconceito nos homens que ainda não se libertaram dos valores patriarcais. E aí fica a pergunta: o que os homens querem de nós, mulheres, em relação ao sexo? Não sei ao certo. Se formos comportadas, perdemos a 'vaga' para as mais despudoradas ou seremos eternas vítimas de traições. Se formos adeptas do sexo sem pudores, podemos ser taxadas de vagabundas e não sermos levadas à sério. Pasmem, mulheres, mas nos dias de hoje ainda existem homens que - surpreendentemente - separam as "pra namorar" das "pra transar". Sim. Sendo que a escolha de uma companheira deveria partir do seguinte princípio: caráter, personalidade, afinidades... Fazemos o que, então? Fingimos ser quem não somos e seguimos vivendo num eterno teatro, num eterno jogo? É melhor sermos doidas ou santas? Uma experiência vivida me faz pensar sobre isso. Mas conclusão mesmo, não chego à nenhuma.